Bernardinho lembra final de Atenas, e Dante diz: ‘Esse jogo será melhor’

(Foto: Divulgação / FIVB)

“A ansiedade é muito grande”, afirmou um sempre agitado Bernardinho. Na véspera da semifinal do Mundial entre Brasil e Itália, considerado o duelo mais aguardado do campeonato devido às polêmicas que envolvem as duas seleções, o técnico citou a final dos Jogos Olímpicos de Atenas. Na Arena de Roma, o treinador esboçou um sorriso tenso ao recordar a rivalidade em quadra. O ponteiro Dante, que estava presente na ocasião, também não esquece o dia 29 de agosto de 2004. Ele acredita, no entanto, que a partida marcada para as 16h (de Brasília) deste sábado será mais emocionante.

- Com tudo o que está repercutindo, esse jogo vai ser melhor - garantiu o ponteiro.

Dominante no cenário internacional nas décadas de 80 e 90, os italianos entraram em quadra na final de Atenas para lutar contra o tabu de nunca terem ficado com a medalha de ouro olímpica. Mas deixaram o ginásio derrotados. O Brasil venceu por 3 sets a 1, com parciais de 25/15, 24/26, 25/20 e 25/22, e subiu no alto do pódio.

- Eram duas grandes equipes em quadra. A nossa tinha um ciclo completo, mas a deles também tinha experiência. Agora, é um pouco diferente. Nosso time está com algumas renovações. Mas acredito que vai ser um jogo tão duro quanto o de Atenas - avaliou Bernardinho.

Duro, principalmente, pelo fator extra-quadra. A rivalidade, que já era grande em Atenas, ganhou força no Mundial depois da troca de farpas entre Brasil e Itália. Antes do início do campeonato, Bernardinho e seus comandados reclamaram que o regulamento havia sido feito para favorecer os donos da casa. Por causa disso, a seleção poupou jogadores e entrou sem ânimo contra a Bulgária no fim da segunda fase. Perdeu o jogo por 3 sets a 0, pegou um caminho mais fácil e despertou a ira dos italianos.

Da imprensa do país até o ex-jogador Zorzi, todos criticaram a postura do Brasil. Na semifinal, os brasileiros esperam hostilidade da torcida e provocação dos jogadores rivais. Destoando dos demais companheiros, no entanto, Dante acredita que será mais comedida.

- Provocam de acordo com quem eles jogam. Eles sabem onde mexem – afirmou o ponteiro.

Fonte: globoesporte.com

Marlon volta, e seleção treina em clima descontraído antes da estreia

Em um ginásio escondido entre casas e prédios na cidade italiana de Ancona, a seleção brasileira fez seu último treino antes da estreia na segunda fase do Mundial, às 16h (de Brasília) desta quinta-feira, contra a Polônia. A novidade foi a presença de Marlon, que há seis dias não participava de uma atividade com o grupo. O levantador, que se recupera de uma inflamação no intestino, bateu bola por cerca de 30 minutos.

- Preciso experimentar tudo de novo e saber como o meu corpo reage à repetição do esforço e ver como a musculatura responde. Meu reflexo ainda está um pouco atrasado. Ainda não me sinto à vontade, mas estou muito feliz de ter vindo - disse o jogador.

Marlon se alongou com os companheiros e depois foi para a rede fazer repetições de levantamento com o assistente técnico, Rubinho. Sentado em uma mesa no canto da quadra, com as pernas para baixo e as muletas encostadas ao lado, Bernardinho observava as ações do seu comandado.

Na sequência, enquanto o restante da seleção treinava saque e ria com as brincadeiras de Giba e Rodrigão, ele foi bater bola com o fisioterapeuta, Guilherme Tênius. Quando todos se juntaram para fazer ataque e defesa, o levantador contou com a ajuda do ponteiro Dante, aniversariante do dia. Depois de 30 minutos, foi para o banco de reservas, mas a todo momento algum jogador se aproximava para perguntar se estava tudo bem.

Marlon espera pelo resultado de uma biópsia para saber se está com a doença de Crohn. Há duas semanas, quando a seleção ainda participava de amistosos na Alemanha, o levantador começou a sentir dores. Passou por exames na cidade de Modena e foi poupado na primeira fase da competição.

- Já consigo me alimentar e tenho vontade de comer. Também estou dormindo bem. Estou melhorando - contou ele, confiante de que ainda tenha tempo de participar do Mundial.

A doença de Crohn é classificada como doença inflamatória do intestino e tem como sintomas mais comuns dor abdominal, diarreia, perda de peso e febre. Não há cura para essa doença, mas na maioria dos casos é possível viver normalmente, com redução dos sintomas.

Fonte: globoesporte.com

Fora do Mundial, Mari se diz tranquila e paciente: ‘Agora o joelho virou filho’

Mari deixa o hospital em uma cadeira de rodas
(Foto: Carol Oliveira / Globoesporte.com)

O semblante tranquilo contrastava com a gravidade do problema. Com o joelho direito imobilizado por uma bota e sentada em uma cadeira de rodas, Mari deixou o hospital nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, com um sorriso no rosto. Falou abertamente sobre acirurgia de reconstrução do ligamento cruzado, que a tirou da busca pelo título inédito no Mundial do Japão e vai afastá-la das quadras por no mínimo seis meses. Garantiu que não vai forçar um retorno prematuro e prometeu muita paciência para recuperar o “filho”.

- Ficar fora do Mundial é triste, mas estou muito tranquila. A nossa profissão é de risco, estamos sujeitas a nos machucarmos. Acontece. Agora, o joelho virou um filho. Tenho que cuidar dele todo dia. Não vou apressar nada. Só quero voltar quando realmente estiver boa. Na Superliga, estarei nova - disse a ponteira, nova contratada do Rio de Janeiro.

O processo de recuperação será iniciado no CT de Saquarema, onde já nesta segunda a seleção brasileira começa os treinamentos para o Mundial, que começa no dia 29 de outubro. A presença no CT foi um pedido da própria Mari ao técnico José Roberto Guimarães, que também liberou a ida do seu cachorro, Bextra. Ela acredita que, ao lado das jogadoras, terá condições de se recuperar melhor.

- Se ficasse em casa, teria que chamar uma enfermeira. Em Saquarema, terei todos os aparelhos à minha disposição e vou contar com a ajuda da comissão técnica e das meninas. Vou estar ao lado das pessoas que me incentivam e que gostam de mim, incluindo o meu cachorro. Já está tudo pronto para a nossa ida – contou.

Joelho direito da ponteira com uma bota imobilizadora
(Foto: Carol Oliveira / Globoesporte.com)

Mari sofreu uma entorse no dia 26 de agosto, durante a vitória do Brasil sobre a Polônia, na fase final do Grand Prix, na China. No terceiro set, após descer de um bloqueio, ela sentiu um estalo no joelho direito e precisou sair de quadra carregada pelas companheiras.

Logo após a partida, fez uma ressonância magnética, que diagnosticou a lesão no ligamento cruzado. Na última quinta-feira, realizou um exame mais apronfundado, mas os resultados foram inconclusivos eforçaram a intervenção cirúrgica.

- Me interesso por assuntos de lesão e fratura. Converso muito com os médicos. Por isso, assim que ouvi o barulho, imaginei o que era.

Fonte: globoesporte.com

Juliana e Larissa são penta mundiais por antecipação e quebram recorde

O pentacampeonato do Circuito Mundial veio nas areias de Kristiansand, na Noruega, por antecipação e com direito a recorde. Juliana e Larissa precisavam conquistar o ouro e o fizeram com facilidade. Ao derrotarem as chinesas Chen Xue e Xi Zhang (21/19 e 22/20), garantiram o quinto caneco da carreira e, de quebra, com 36 vitórias em etapas, superaram as americanas Walsh e May, até então maiores vencedoras do campeonato.

Com o penta do Circuito Mundial, elas se igualam a Ricardo/Emanuel e ficam atrás apenas de Adriana Behar/Shelda (hexa). Ricardo e Emanuel, porém, não jogam mais juntos. Behar e Shelda já estão aposentadas.

O ouro na Noruega dá às brasileiras 6.660 pontos. Talita e Maria Elisa, com 6.600, não conseguirão ultrapassá-las, mesmo se vencerem os últimos desafios da temporada: Finlândia, Holanda, China e Tailândia.

Neste ano, Juliana e Larissa venceram as etapas no Brasil e da Coreia do Sul e os Grand Slams da Noruega, da Suíça, da Áustria e da Polônia. Foram vice na China e terminaram em terceiro no Grand Slam da Rússia.

Dupla derrotou chinesas na final (Foto: FIVB)

A dupla brasileira venceu o Circuito Mundial pela primeira vez em 2005 e repetiu a façanha nos dois anos seguintes. Em 2008, ano olímpico, foi atrapalhada por uma lesão no joelho direito de Juliana. Ela foi substituída nos Jogos de Pequim por Ana Paula, jogadora que, ao lado de Shelda, ergueu o caneco do Mundial naquela temporada. Nas Olimpíadas, porém, Ana Paula/Larissa parou nas quartas, diante de Walsh e May.

No ano passado, Juliana estava de volta ao lado de Larissa. Juntas, foram novamente campeãs mundiais. Tricampeãs brasileiras e ouro no Pan Rio-2007, elas miram Londres-2012 e marcaram aposentadoria para depois do Rio-2016.

Fonte: globo.com

Brasileiros Serginho e Leandro Vissotto integram seleção dos sonhos de 2009

As atuações do líbero Serginho e do oposto Leandro Vissotto na seleção brasileira chamaram a atenção do jornal francês ‘L'Equipe’, um dos diários esportivos mais respeitados no cenário mundial. A publicação incluiu os jogadores, que têm reconhecimento internacional, no time dos sonhos da temporada 2009.

Brasileiros Serginho e Vissotto fazem parte da seleção dos sonhos listada pelo jornal francês L'Equipe

Completam o time o búlgaro Kaziyski, os poloneses Kurek e Plinski, além dos sérvios Grbic e Bjelica. Para o comando da equipe, Radostin Stoytchev, da Bulgária, foi o escolhido.

- Tudo o que conquistei, ano passado, foi, na verdade, a premiação ao trabalho de uma vida inteira. Fico muito orgulhoso por tudo o que aconteceu e acredito que esse é só o começo - disse Vissotto.

Segundo o ‘L'Equipe’, a escolha da seleção dos sonhos é baseada no desempenho dos jogadores nas últimas competições internacionais. No caso do técnico, Stoytchev foi selecionado devido às vitórias recentes.

Treino na praia do Leme marca início da nova parceria entre Emanuel e Alison

Nova dupla do vôlei de praia brasileiro, Emanuel e Alison iniciaram na manhã desta terça-feira, nas areias da praia do Leme, os treinamentos para a temporada 2010, ano em que terão pela frente os circuitos Brasileiro e Mundial. A estreia da parceria promissora está marcada para Caxias do Sul (RS), entre os dias 22 e 24 de janeiro, na etapa de abertura do circuito nacional.

Apesar de recém-formada, a dupla já tem um retrospecto. Em 2008, Emanuel jogou com Alison e ficou com o bronze no Grand Slam de Gstaad, quando seu ex-parceiro Ricardo se recuperava de lesão no tornozelo. Mesmo assim, segundo o paranaense, é preciso ter calma.

- Temos uma dupla nova e, como toda nova parceria, precisamos ter paciência, tranquilidade, trabalhar forte e ajudar muito um ao outro. Alison é um excelente jogador, que vem de uma temporada maravilhosa. Ele conquistou títulos importantes em 2009, e espero que nossa dupla seja vitoriosa. Estou muito motivado para este ano - afirmou Emanuel, medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004, bronze nos Jogos de Pequim-2008 e maior vencedor do Circuito Mundial, com nove títulos.

Juventude e experiência marcam a nova parceria do vôlei de praia, formada por Alison e Emanuel

Técnica da dupla, Letícia Pessoa diz que vê em seus jogadores uma parceria equilibrada, pelas características de jogo e de personalidade, e que mistura, na medida certa, experiência e juventude. A descrição faz o capixaba Alison almejar os Jogos Olímpicos de Londres-2012, mas mantém os pés no chão.

- Ainda é algo distante, há muita coisa para acontecer antes e precisamos focar neste ano, pensar nesta temporada, que é a primeira da nossa equipe e temos muito trabalho pela frente. Estou muito feliz de atuar ao lado do Emanuel, que é um espelho para mim. Ele é um jogador frio, eu sou mais explosivo, e acho que essa combinação vai dar muito certo – analisou ele, dono dos melhores ataque e bloqueio do Brasil em 2009, atual campeão do Circuito Brasileiro e vice-campeão do Circuito Mundial e do Campeonato Mundial.

Além dos circuitos Brasileiro e Mundial, Emanuel e Alison também são nomes confirmados no Rei da Praia 2010, evento que será disputado nos dias 20 e 21 de fevereiro, na praia de Ipanema, zona Sul do Rio de Janeiro.

No Maracanãzinho, Jogo da Solidariedade arrecada nove toneladas de mantimentos

O classico entre rio de janeiro e são caetano neste domingo foi mais do que um encontro de grandes jogadoras. Chamado de Jogo da Solidariedade - uma iniciativa conjunta das equipes com a ONG Ação da Cidadania -, o confronto também serviu para arrecadar alimentos para as vítimas das chuvas nas regiões de Angras dos Reis, Magé e Duque de Caxias, todas no estado fluminense. Os 9.500 torcedores que compareceram ao Ginásio do Maracanãzinho abraçaram a causa e somaram nove toneladas de mantimentos.
Foi fantástico. Estamos felizes por ver a solidariedade dos cariocas, que encheram o Maracanãzinho. Vieram, pagaram R$1 para entrar no jogo e trouxeram alimentos para ajudar os que precisam - disse a líbero Fabi, da equipe do Rio de Janeiro.
Dono da casa, o Rio de Janeiro prometeu dobrar o número arrecadado nas bilheterias. E assim o fez. O total do montante passou a ser de 18 toneladas. A meio de rede Fabiana gostou de ver a sensibilidade das pessoas. Ela disse que, durante o segundo set, ainda via o público lotar cada vez mais o ginásio.

- Fiquei feliz por ver a torcida contribuir doando alimentos. Foi uma lição de solidariedade muito bacana.